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Garotas dançando no baile funk/divulgação |
Esta postagem será um pouco
diferente das demais, até mesmo por se tratar da primeira do ano. Desejo a
todos os leitores um bom 2015 e que tudo de esplêndido seja alcançado ao longo
dos próximos 365 dias que estão por vir. E outra diferença é que terá mais um
cunho pessoal, sem vínculo com alguma notícia do momento, os outros seguirão o script, prometo. So let's go there.
Dia 1 de janeiro de 2015,
mais um ano se começa. 06:15 da manhã, lá fora o dia já amanheceu e eu nem
mesmo fechei os olhos. Insônia? Sim, mas não é só isso. A culpa é dos anos 60,
na verdade uma evolução dos estilos R&B, jazz e soul. A mistura tinha tudo
para dar certo, no começo até que deu, porém quando na década de 80 esta
mistura chegou aos bailes do Rio de Janeiro rapidamente se tornou popular
alcançando o seu auge nos anos 2000.
Falo do funk como já devem
ter percebido, em especial o funk ostentação que também é referido como funk
paulista que foi criado em 2008, aqui em São Paulo e que alcançaria proporções
nacionais em 2011 e hoje em 2015 atrapalharia a minha noite de sono juntamente
com a cafeína da Coca-Cola. Uma maravilha.
Mas vamos ao que interessa,
falar mal. Sim, não tenho porque falar bem desta iguaria musical em que trata
as mulheres como animais, pedaços de peças de carne de açougue para ser
educado, em que o apelo sexual está presente a cada segundo da música, um
verdadeiro lixo e que consegue vários adeptos nos círculos sociais, seja a
pessoa pobre e rica, rico também ouve este excremento musical.
Uma rápida olhada e o que se
pode ver são jovens de 14 a 30 anos no máximo, alguns carros, motos, drogas, há
de tudo cocaína, maconha, a tal da “balinha” que recentemente fui descobrir que
se trata de Ecstasy e o narguilé, e sem esquecer do produto principal as
meninas de sainhas curtinhas que beiram os 20 anos e sem contar as chamadas
novinhas que se tiverem 15 anos é muito e rebolam sem o mínimo pudor, por onde
andarão seus pais? O som é obsceno, totalmente de conotação sexual, nem mesmo
sei como isso se tornou popular. Extremamente alto, de dar dor de cabeça com a
batida e vozes de cantores novos, porém ricos, que ganham o que eu jamais
ganharei em toda a minha carreira jornalística.
O som não para, não sou do
tipo que se incomoda com tudo, porém desta vez o lixo da cultura musical
brasileira, se é que pode ser considerada música me incomodou ao extremo. As
músicas simplesmente se resumem a pregar safadezas e diminuir a mulher ao menor
nível possível, que até mesmo eu se fosse mulher me envergonharia só de ouvir
um trecho da maioria das letras, mas onde estão as feministas? Talvez se preocupando
com alguma outra idiossincrasia qualquer. E depois a população reclama que vivemos
em um país em que a mulher ganha menos, em que a sociedade é machista, mas
calma ai, este tipo de som não prega isso? O rebaixamento da mulher. Pelo menos
é o que eu pude perceber durante toda a playlist do alto-falante estridente.
Mas creio que se as mulheres
aceitam isso é devido ao efeito inverso, em que ao invés de se sentirem
ofendidas, acabam se sentindo desejadas, iludidas por assim dizer e não
passando de meros objetos de desejo sexual masculino. Um verdadeiro mundo de
promiscuidade em que há a maior possibilidade de um contágio de alguma doenças
sexualmente transmissíveis, já que em todas as letras, o sexo está presente e explícito
fazendo com que o sexo não seja nada mais nada menos que trivial e muitas vezes aconteçam no próprio ambiente.
Será que é o povo que está
certo ao ouvir este tipo de barulho ou eu que sou muito exigente quanto ao que ouvir? Realmente
acredito que faço parte do grupo que preza por qualidade e não faço parte dos que prezam por uma
barulheira sem fundamento algum que muitas vezes faz apologia até mesmo ao
crime, o que não foi o caso da playlist da atual noite.
Lá fora o som já
acabou, os funkeiros já se foram, e você acha que acabou? Claro que não meu
amigo, espera só a noite chegar e tudo volta a acontecer de novo. E é uma pena
que estes são o futuro do Brasil, aqui me refiro a juventude transviada que escuta e se deleita ao som do funk como se fosse o melhor estilo do mundo.
Vou descansar um pouco, pelo menos este tipo
de música me inspirou a escrever um texto e para aqueles que não curtiram. Que tal um desafio? Use o máximo do teu QI, se é que você tem e destrua
ponto a ponto as minhas colocações e por fim me convença que funk é vida ou
para facilitar uma boa música. Boa sorte.