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Em defesa de Antônio, pais pedem liberdade / Fábio Braga / FolhaPress |
Na edição de 3 de dezembro de Veja São Paulo, a revista trouxe o caso do monitor educacional Antônio Assis, 44 anos que foi acusado de abusar sexualmente de três meninas de 3 anos e que agora foi condenado em primeira instância, no último dia 12, a treze anos e quatro meses de prisão.
O que acontece é que nenhum sistema de monitoramento das câmeras do Colégio Presbiteriano Mackenzie de Barueri registrou o mínimo contato entre Assis e as 3 crianças, o exame clínico deu negativo para o ato de violência sexual, hoje por exemplo, o simples ato de expor o menor a alguma perversidade já é considerado violência sexual, porém nada foi provado.
Quem é que não se lembra do caso da escola Base, eu era pequeno nesta época, mas na universidade pude tomar conhecimento do caso em que inocentes foram culpados por crimes que não cometeram e acusados cruelmente pelas redes de TVs e veículos impressos, pelo que sei até hoje corre processo contra esses veículos que levaram a polícia a culpar os inocentes, talvez seja o caso de Assis, mas até que se prove o contrário ele é inocente, sei quão difícil que deve ser para um pai e uma mãe ouvir, imaginar que seu filho inocente foi vítima de abuso sexual, porém neste caso é preciso saber que o tio "Antônio malvado" foi protagonista de uma peça na Páscoa deste ano, e o que pode estar acontecendo é nada mais do que uma confusão infantil, já que três meses depois as crianças nem mesmo souberam dizer se o caso aconteceu ou não.
Enquanto isto Assis se encontra em cárcere, já teve dois habeas corpus negado e se encontra atualmente no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, onde até mesmo os detentos acreditam em sua inocência. Já do lado de fora, pais e mães expressam o seu apoio com o monitor educacional que trabalhava no colégio há pelo menos 10 anos e estão unidos para ajudar financeiramente a família do acusado no que for preciso, nem mesmo o abaixo-assinado feitos pelos pais, com 66 nomes que pedia a soltura de Assis conseguiu absolvê-lo da acusação. O colégio por outro lado trata o caso sem indicar que ele seja culpado e optou por manter as bolsas integrais de estudo para as filhas e enteada do ex-funcionário.
É necessário que se investigue melhor para que um inocente não fique preso por uma década. Não o conheço, e nem mesmo sei quem é, mas se tantos os apoiam, pais e até mesmo os presidiários onde Assis se encontra e os fatos não foram provados, por que ele deveria pagar pelo suposto "crime"? Uma apuração melhor deve ser levantada. Ou daqui 12 anos, o Estado que pague uma indenização à Assis. Vamos aguardar, enquanto isso ele cumpre sua pena.
Entenda o caso
Uma aluna se queixou à babá de uma irritação em sua região genital e disse que o "tio Antônio" a teria mexido, isso em 22 de abril deste ano e quando questionada se alguém teria alguém teria visto, ela mencionou que a "tia Pati", outra vítima mencionou que o tal "tio Antônio" teria ficado nu em sua frente e tirado sua calcinha. E a última que ele teria acariciado suas partes íntimas...uma destas mesmas crianças três meses depois nem se lembrava do ocorrido. Na hora do reconhecimento, todas as três crianças reconheceram o monitor educacional.