Só na última década 43,7 mil mulheres foram assassinadas. Um número que representa 4,4 homicídios para cada 100 mil habitantes no país, número que coloca o Brasil em sétimo lugar no ranking dos países em que mais houve mulheres mortas de maneira trágica, muitas vezes vítima de seus próprios maridos.
Esse número se repete todos os dias, segundo estatísticas a cada uma hora e meia, uma mulher é assassinada, vítima de machismo. Muitas vezes o início deste crime começa dentro do lar, um maltrato que é simplesmente aceito, um tapa carinhoso, um grito sem motivo e demais agressões cometidas, sem contar o ciúmes exagerado até evoluir a agressão física, assim é o início da violência cometida contra a mulher nos lares brasileiros.
Talvez neste momento, a mulher deveria procurar ajuda. E deixar o pudor e o medo de lado, mas muitas vezes o amor que tem por seu agressor é maior que o desejo de fazer uma denúncia e quando há um filho há o pensamento sobre sustento da criança, além de outros motivos que a mulher encontra para não denunciar. E assim é mais fácil aguentar silenciosamente do que gritar ao mundo, o problema é que quando a mulher resolve contar para alguém já é tarde, muitas vezes só se torna manchete de jornal.
Muitas vezes essa agressão as mulheres atingem o estágio de misoginia por parte dos homens, em Goiás a eficácia da Polícia Civil está sendo testada por um psicopata, já se conta 15 mulheres mortas desde o começo do ano. Fácil é pensar que esta aversão começa dentro de um lar, é na agressão a irmã, chegando na violência cometida contra a esposa e então extrapolando contra desconhecidos.
A punição para um caso como este, não para o psicopata relatado acima, mas para um marido que mata a mulher é 6 a 12 anos e é tratado como um crime comum, pois se enquadra como violência doméstica. Interessante é saber que existe uma projeto de lei que precisa ser aprovado pelo senado que pode mudar isso, a chamada Lei do Feminicídio (lei n° 292/2013 que faz com que a pena vá de 12 a 30 anos de prisão. Saiba que você pode ajudar com que esta lei faça parte do código penal brasileiro. Para isso assine o abaixo-assinado que será entregue ao senador Renan Calheiros e assim o crime contra a mulher passa ser qualificado como homicídio qualificado e não mais como um crime comum. Não espere ser a próxima vítima, denuncie.