A economia será o grande desafio de Dilma em sua reeleição
como presidente. Depois de Aécio agora seu adversário será a inflação.
As eleições
presidenciais mais disputadas da história e com as campanhas eleitorais do pior
nível possível chegaram ao fim nesse domingo 26 de outubro. A candidata Dilma
Rousseff foi reeleita com 51,6 % de votos contra os 48,4% de seu adversário
Aécio Neves.
A partir de
primeiro de janeiro Dilma Rousseff vai ter um grande desafio no comando de um
país com baixo crescimento econômico, inflação em alta, perda de credibilidade
do Governo junto aos empresários, além do sentimento de falta de
representatividade da população nas instituições públicas. Em setembro o Banco
Central reduziu a previsão de crescimento anual de 1,6% para 0,7%. O baixo
crescimento brasileiro é similar a maioria dos países latino-americanos, com
exceção de Venezuela e Argentina.
A política
econômica atual é pautada em uma de “visão de curto prazo”. Durante os anos
2000, a economia manteve um crescimento sólido devido a implementação de um
regime anti-inflação a longo prazo que foi iniciado pelo ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso. A partir do mandato de Lula em 2002, esse sistema
anti-inflação não foi continuado.
Nos dois
mandatos do ex-presidente Lula, o governo tomou medidas contra a desigualdade
de renda, além é claro de avanços sociais que produziram resultados positivos
significativos. Com essa combinação de fatores houve uma pequena elevação na
renda dos mais pobres que consequentemente ajudou a sustentar o crescimento
econômico – Alguns dizem que é a nova classe média. Eu vejo um exagero nessa
colocação, além de ser uma propaganda governista. Houve avanço sim! Mas não a
dizer que é “Classe média”.
Foto: Agência do Brasil
A prioridade
inicial de Dilma é focar na economia, em primeiro lugar diminuir a inflação que
está acima dos 6% desde julho, a meta do Banco Central é 4,5% com variações de
2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Desde 2009 a inflação não atingiu
o centro da meta e os preços ao consumidor ficaram acima dos 6% desde de julho
de 2011. A vida da presidente não será fácil nesse começo de mandato, uma
medida impopular que deverá ser feita é um reajuste nos subsídios sobre a
gasolina e eletricidade.
Outra medida
seria um pequeno aumento em alguns impostos visando distribuir melhor os
recursos nas divisões e subdivisões do Governo Federal que já estão acordados
desde a gestão anterior - Além é claro! de uma reestruturação e planejamento
dos gastos públicos. O governo Dilma deve se atentar a crise energética que
promete abalar o país e que é constantemente ignorada pelos políticos. Segundo
algumas consultorias ambientais, “O racionamento de energia ainda é um risco
material para o Brasil em 2015 (...) e oferece um exemplo perfeito da falta de
estratégia, pensando a longo prazo entre os responsáveis, os políticos do
país”.
A presidente
Dilma Rousseff atualmente vem tomando novas atitudes sobre a concessão a
empresas para construção, mas essa política não é o suficiente pensando a médio
prazo. A nova gestão deve promover uma reforma estrutural urgente e rápida
visando uma progressão continuada.
– Todas essas
afirmativas anteriores são baseadas segundo as mais conceituadas publicações de
economia como The Economist, BusinessWeek e Foreingn Policy. Percebam que elas
vão contra a atual política econômica do PT. Eu quero deixar bem claro! Isso
não é perseguição da minha parte. São só os fatos.
Charge de Arievaldo Vianna/ JBF
O Governo
Federal deve se preparar para atuar no mercado internacional que se mostra
pouco atrativo e receptivo. Analistas americanos já apontam que a taxa de juros
nos EUA vão subir e consequentemente está levando medo aos investidores, no
qual esses mesmos iriam reter seus investimentos para países emergentes como o
Brasil.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A ELEIÇÃO
Eu
discordo da política econômica atual, posso afirmar que se não forem feitas as
medidas necessárias para o progresso, como:
O
Brasil precisa crescer de maneira equilibrada; alguns ajustes que são
impopulares (infelizmente) devem ser feitos aos poucos; O Governo Federal deve
reestruturar e redistribuir os gastos públicos; O Governo Federal deve diminuir
urgentemente os gastos com folha salarial; O Governo Federal deve promover o
incentivo aos gastos de infraestrutura, além de uma parceria com as empresas
para o desenvolvimento de tecnologia nacional; Os impostos devem ser diminuídos
para pessoa física e jurídica.
- Se Dilma não tomar as atitudes corretas e
acertadas para uma governabilidade para todos, a economia terá uma severa
recessão.
-
Eu não sou militante de partido nenhum. Como jornalista e articulista, o meu
dever é colocar prós e contras na balança. Dilma errando será lembrada
- Votar em um político não é dar um “atestado
vitalício” para o mesmo. Caso a nova (velha) gestão não atender as expectativas
e demandas, basta troca-la depois. Caro leitor, se você fosse dono de uma
empresa e tivesse um funcionário que não conseguisse desempenhar o esperado.
Você o trocaria ou manteria ele? Eu trocaria! A presidente reeleita nada mais é do que uma funcionário da nação,
caso ela não corresponda e atenda às necessidades de um bem comum, basta
troca-la.
-
O PT mereceu todas as manifestações de repúdio e críticas (inclusive as minhas)
como administrou a economia e se continuar nessa toada dias difíceis virão.